Cláudio Roberto Frischtak, brasileiro economista e ex-integrante do Banco Mundial, tem sido intenso defensor da privatização de estatais brasileiras, argumentando que muitas delas apresentam inaceitáveis significativos déficits financeiros e operacionais.
Ele destaca que a infraestrutura do país está “capenga”, e que a modernização depende de maior participação do setor privado.
Em exemplos dos casos mais graves mencionados por Frischtak, estão os que seguem.
Setor de saneamento básico – Historicamente dominado por empresas estaduais, com cerca de 80% da população atendida por estatais. Ele argumenta que a privatização pode melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços.
Ferrovias – Consideradas um dos segmentos mais deficientes da infraestrutura nacional, com necessidade urgente de investimentos para modernização, que só a privatização proporcionará.
Mobilidade urbana – Frischtak defende que a aproximação do setor privado pode garantir melhores serviços à população.
Investimentos públicos – Ele afirma que o Brasil não tem mais espaço fiscal para grandes investimentos estatais, e que reformas e privatizações são essenciais para o crescimento econômico.
Cláudio Roberto Frischtak tem sido importante crítico da gestão das estatais brasileiras, apontando déficits financeiros e operacionais significativos. Ele defende a privatização como solução para melhorar a eficiência e reduzir prejuízos.
Segundo ele, entre as estatais que apresentam os maiores déficits, algumas das mais mencionadas são as que seguem.
Correios – A empresa registrou déficits consecutivos desde 2022, com prejuízo de R$ 2,2 bilhões em 2024. Frischtak argumenta que a privatização pode melhorar a gestão e reduzir a interferência política.
BNDES – Embora seja um banco de fomento, Frischtak destaca que sua atuação precisa ser mais transparente e focada em investimentos produtivos.
Emgepron – Responsável por projetos navais, teve déficit de R$ 2,49 bilhões em 2024. O economista critica a falta de fiscalização sobre a qualidade e retorno dos investimentos.
Serpro – Empresa de processamento de dados do governo, com déficit de R$ 590,4 milhões. Frischtak alerta para a necessidade de modernização e maior eficiência operacional.
Infraero – Gestora de aeroportos federais, acumula déficit de R$ 541,8 milhões. O economista aponta que a privatização de terminais já demonstrou ganhos de eficiência.
Frischtak enfatiza que a interferência política e a má gestão são fatores que agravam os déficits dessas empresas.
Ele defende que a privatização, quando bem planejada, traz benefícios significativos, como maior eficiência, redução de custos e melhor prestação de serviços à população. Além disso, alerta para a urgente necessidade de regulação eficaz para evitar monopólios privados e garantir concorrência saudável no mercado.
Sempre citando exemplos de sucesso no Brasil, o economista enfatiza que a privatização, quando bem conduzida, pode trazer benefícios significativos. Ele também alerta para a necessidade de planejamento adequado e autonomia das agências reguladoras, para evitar problemas políticos e garantir eficiência.
Seguem alguns dos incontestáveis casos de pleno sucesso em privatizações.
Embraer – Privatizada em 1994, a Embraer se tornou uma das maiores fabricantes de aeronaves do planeta. O governo manteve uma “golden share” para preservar interesses estratégicos.
Vale – Privatizada em 1997, a Companhia Vale do Rio Doce era a maior exportadora de minério de ferro do planeta na época. Hoje, a Vale lidera a produção mundial de minério de ferro, pelotas e níquel.
Telecomunicações – Telebras e Embratel – A privatização do setor de telecomunicações permitiu expansão significativa dos serviços de telefonia e internet no Brasil, melhorando a infraestrutura e a qualidade do serviço.
CSN – Companhia Siderúrgica Nacional – Privatizada em 1993, a CSN se tornou uma das maiores produtoras de aço do país, expandindo suas operações para outros mercados internacionais.
Light – Privatizada em 1996, a empresa de distribuição de energia elétrica no Rio de Janeiro melhorou sua eficiência operacional e qualidade do serviço.
Entre outras, essas privatizações são frequentemente apontadas como casos de sucesso, com aumento da eficiência, expansão dos serviços e crescimento das empresas no mercado global.
Cláudio Roberto Frischtak é economista brasileiro especializado em infraestrutura, competitividade e política econômica. Foi economista principal na área de indústria e energia do Banco Mundial. É fundador da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, onde atua analisando políticas públicas e investimentos estratégicos. Frischtak tem sido importante comentarista ativo sobre economia brasileira, defendendo reformas e privatizações para impulsionar o crescimento do país.
Fontes; pesquisas virtuais.
Paulo Dirceu Dias
paulodias@pdias.com.br
Sorocaba – SP
03/06/2025