1872 – Navio Mary Celeste à Deriva e Abandonado

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O caso do Mary Celeste é um dos maiores mistérios náuticos da história.

Trata-se de navio mercante americano encontrado à deriva no Oceano Atlântico, em 4 de dezembro de 1872, sem ninguém a bordo, mas em condições navegáveis e com a carga praticamente intacta.

O episódio não é lenda, nem mito. É evento real, mas envolto em mistério quanto às circunstâncias exatas do desaparecimento da tripulação.

Resumo dos principais fatos:

  • Origem e destino: O Mary Celeste partiu de Nova York em 7 de novembro de 1872, com destino a Gênova, na Itália. Transportava cerca de 1.700 barris de álcool industrial.
  • Tripulação: A bordo estavam o capitão Benjamin Briggs, sua esposa, a filha pequena do casal e sete tripulantes experientes, todos desaparecidos.
  • Descoberta: O navio foi encontrado pelo brigue britânico Dei Gratia, cerca de 600 milhas a oeste de Portugal. Estava à deriva, com as velas parcialmente içadas e danos mínimos. A carga estava praticamente intacta, mas o bote salva-vidas havia desaparecido.
  • Detalhes intrigantes:
    • Nenhum sinal de luta ou violência.
    • Pertences pessoais estavam no lugar.
    • Os mantimentos e provisões eram mais que suficientes.
    • O diário de bordo foi interrompido em 25 de novembro, nove dias antes da descoberta.
    • Alguns barris estavam vazios ou vazando, mas isso não justificaria um abandono.
  • Hipóteses ao longo do tempo:
    • Explosão por vapores de álcool (sem deixar sinais de fogo).
    • Amotinamento (nunca comprovado).
    • Ataque pirata (descartado pela integridade da carga e bens).
    • Abandono por pânico devido a erro de navegação ou problemas climáticos.
    • Teorias sobrenaturais também foram levantadas, mas sem base factual.

Apesar de investigações oficiais e especulações, nenhuma explicação definitiva foi comprovada. O caso permanece um enigma histórico, frequentemente citado como exemplo de mistério marítimo real.

A história do Mary Celeste é comprovadamente verdadeira. Trata-se de caso documentado e investigado pelas autoridades da época, com registros oficiais que confirmam:

  1. A existência do navio e de sua tripulação.
  2. A partida do porto de Nova York em novembro de 1872.
  3. A descoberta do navio à deriva pelo Dei Gratia em 4 de dezembro de 1872.
  4. O julgamento marítimo conduzido em Gibraltar, logo após a recuperação do navio.

Sobre novos fatos:

Apesar do grande interesse público e de pesquisas realizadas ao longo de décadas, não surgiram novas provas definitivas que esclareçam o motivo do abandono do navio. Atualmente, o que temos são:

  • Estudos mais modernos de registros náuticos e meteorológicos, que reforçam hipóteses como a de um possível vazamento de álcool, gerando vapores inflamáveis, o que poderia ter causado um pânico momentâneo.
  • Análises científicas mais recentes, sugerem que os barris de álcool (alguns feitos de madeira porosa) poderiam ter vazado, liberando gases. Uma ignição súbita, ainda que sem explosão visível, poderia ter assustado a tripulação, levando-a a abandonar temporariamente o navio e ser tragada pelo mar.
  • Também há revisões historiográficas corrigindo exageros inventados por escritores sensacionalistas posteriores, como Arthur Conan Doyle, que em 1884 publicou um conto baseado no caso, distorcendo detalhes e alimentando teorias sobrenaturais.

Em resumo:

  • A história é real, bem documentada.
  • Não houve novos fatos concretos que solucionem o caso.
  • As explicações mais aceitas atualmente envolvem causas naturais ou técnicas, e não elementos misteriosos ou sobrenaturais.
  • O destino da tripulação continua desconhecido, tornando o Mary Celeste um dos grandes enigmas não resolvidos da história marítima.

Fontes; pesquisas virtuais.

Paulo Dirceu Dias
paulodias@pdias.com.br
Sorocaba – SP
09/07/2025

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