Viagens Cósmicas – Realidades e Devaneios

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As imagens seguintes exemplificam os temas abordados.

Imagem parcial do Espaço Cósmico na Via Láctea,
obtida por meio do Telescópio Espacial Hubble.

Localização do nosso Sistema Solar na Via Láctea.

Sistema Solar – Sol e planetas em demonstração artística,
razão dos planetas estarem em único alinhamento.

Sistema Solar – Sol e planetas em demonstração mais próxima da realidade,
incluindo o Cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter.

AVENTURAS DE HUMANOS EM VIAGENS CÓSMICAS

Sonhamos com viagens interestelares, em maravilhosas aventuras por todos os pontos do espaço cósmico, como a ficção científica exibe com entusiasmo em contos e filmes.

A REALIDADE – Nas viagens espaciais realizadas chegamos precariamente até a nossa Lua! Talvez possamos chegar até Marte, em futuro ainda imprevisível.

Cientistas estimam que, atualmente, e durante algumas centenas de anos futuros, é devaneio pensar em humanos realizando aventuras cósmicas que possibilitem longas viagens espaciais, além dos pequenos limites já atingidos.

Com as mais modernas tecnologias hoje disponíveis, ainda é utopia planejarmos nossos astronautas em navegações interplanetárias além de Marte.

Pensar em navegar saindo do nosso sistema planetário, ultrapassando os limites da Heliopausa*, como acontece nos contos e filmes de ficção científica, é reconhecido como total impossibilidade, vez que, para isso, com a atual tecnologia precisaríamos navegar durante mais de cem (100) anos.

  • *Heliopausa – É camada externa da Heliosfera, região cósmica em torno do Sol, em cujo limite cessam os efeitos da sua presença, inclusive o gravitacional. Envolvendo todos os planetas e demais astros em órbita, é o extremo do espaço sob efeitos das radiações e do campo magnético solar, em transição onde o vento solar é diluído, tornando-se insuficiente para repelir o vento interestelar. Ultrapassada a Heliopausa, a região é espaço interestelar. Estima-se que essa variável região esteja entre 110 e 160 UA – Unidades Astronômicas de distância do Sol. A distância entre a Terra e o Sol – Uma (1) UA – é de 149.6 milhões de quilômetros.
  • Para atingir sua programada posição em órbita da Terra, no Ponto de Lagrange “L2”, localizado há 1,5 milhão de quilômetros da Terra, após seu lançamento em 25/12/2021, mantendo velocidade bastante superior à possível para astronave tripulada por humanos, a nave com o Telescópio Espacial James Webb navegou durante 180 dias – 6 meses. Comparando, deve ser lembrado que a nossa Lua orbita o Planeta Terra no afastamento médio de 384.000 km.
  • As sondas automáticas Voyager 1 e Voyager 2, da NASA, navegando em velocidade altamente superior à que seria alcançada por nave tripulada por astronautas humanos, ainda assim mínima – insignificante – fração da velocidade da Luz, atingiram a Heliopausa somente depois de 35 e 41 anos, respectivamente, de seus lançamentos na Terra, realizados em 1977. Somente para enviar e receber de volta sinais de rádio comunicação, para acionar e conferir comandos nas sondas, são necessárias 40 horas.
  • Para chegar à Galáxia Anã do Cão Maior (M94), a mais próxima da Via Láctea, localizada a (±) 25.000 anos-luz da Terra, precisaríamos de milhões de anos. Na velocidade da luz, seriam 25.000 anos!

Sonhar com humanos em navegações parecidas, só mesmo se e quando a nossa ciência conseguir tecnologias atualmente consideradas utópicas.

Além de tudo, o principal impedimento é a inadequação do corpo humano às condições sofridas fora da atmosfera terrestre.

São intensos os efeitos ainda em estudos! Ainda são incontornáveis os malefícios causados ao corpo humano pela falta da gravidade costumeira, e, principalmente, em razão dos nocivos efeitos danosos da exposição continuada à radiação espacial, por tempo superior há poucas semanas.

Cientistas estimam que a única solução, até agora admitida, será o uso de astronautas robôs especializados, ou, eventualmente, robôs biônicos, únicas formas previstas, até agora, que possibilitariam longas viagens espaciais.

À título de curiosidades comparativas, nos limitando exclusivamente ao nosso sistema solar, os relatos que seguem exibem detalhes que mostram as razões de estarmos restritos, praticamente presos, aos espaços interplanetários muito próximos do nosso Planeta Terra, insignificantes em termos cosmológicos

DISTÂNCIAS MÉDIAS ENTRE O SOL,
PLANETAS E ASTROS QUE O ORBITAM

57,9 milhões de quilômetros = Distância entre Mercúrio e o Sol

108,2 milhões de quilômetros = Distância entre Vênus e o Sol.

149.6 milhões de quilômetros = Distância entre a Terra e o Sol.

  • Utilizada para mensurações espaciais nos limites do nosso sistema solar, essa distância, entre a Terra e o Sol, é considerada como uma (1) UA – Unidade Astronômica. A luz solar, em sua específica velocidade no vácuo, ocupa quase 8 minutos para chegar à Terra.
  • Velocidade da Luz no vácuo = 1.079 milhões de km/h = 300.000 km/s.
  • É de 384.400 quilômetros a distância entre a Terra e a nossa Lua. As missões Apollo da NASA ocupavam quase três (3) dias para chegar à Lua.

227,9 milhões de quilômetros = Distância entre Marte e o Sol.

  • Quando nas posições orbitais mais próximas possíveis, é de 57,6 milhões de quilômetros a distância entre a Terra e Marte.
  • Com a tecnologia atualmente disponível, em navegação perfeita entre a Terra e Marte, nas posições orbitais mais favoráveis, uma astronave tripulada precisará de quase sete (7) meses.

778 milhões de quilômetros = Distância entre Júpiter e o Sol.

  • Júpiter é o maior planeta do nosso sistema Solar.

1.426.000.000 de quilômetros (1 bilhão, 426 milhões de quilômetros) = Distância entre Saturno e o Sol.

  • Envolto em sistema de grandes anéis planetários, Saturno é o segundo maior do Sistema Solar, depois de Júpiter.

2.870.000.000 de quilômetros (2 bilhões, 870 milhões de quilômetros) = Distância entre Urano e o Sol.

4.500.000.000 de quilômetros (4 bilhões, 500 milhões de quilômetros) = Distância entre Netuno e o Sol.

Paulo Dirceu Dias
paulodias@pdias.com.br
Sorocaba – SP
04/06/2024

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