MINHA POLÊMICA PESSOAL PERMANECE E SE CONSOLIDA

• Fontes de estudos: livros diversos (Stephen Hawking, Carlo Rovelli, Richard P. Feynman, Roger Penrose, Roger A. Freedman, Brian Greene, Marcelo Gleiser, Yuval Noah Harari, Colin Stuart, Alberto Delerue, Mari Fulfaro, Iberê Thenório, Michael Baigent e parceiros, Adam Hart-Davis e parceiros, e outros), e matérias confiáveis na Internet.

Em continuadas tentativas de me autoconvencer em contrário, quanto mais pesquiso e estudo, maior é o fortalecimento no meu entendimento de que “NÃO EXISTE TEMPO ENTRELAÇADO COM O ESPAÇO CÓSMICO!”.

Apresentando argumentos, há alguns meses publiquei a declaração;“Não acredito em um TEMPO existente nessa condição, de ENTRELAÇAMENTO COM O ESPAÇO CÓSMICO!”

Considerando o NOSSO TEMPO, em meu polêmico bom-senso entendo que;

• PASSADO existe apenas “virtualmente”, nas lembranças de recordações gravadas em nosso cérebro.

• FUTURO só existe em nossa criatividade mental, nos atos de pensar, idealizar e mesmo nos programar sobre o que deverá e poderá acontecer “depois”, ou seja, é somente um exercício mental que nos prepara para o futuro.

• Portanto, temos apenas o PRESENTE, momento atual, com recordações do passado e eventuais estimados para o futuro! Nada mais!

Até este momento, mantenho tais afirmações!

É minha polêmica pessoal, da qual não consigo “me livrar”!

Fortemente atraído pelo tema, volto a argumentar, agora adicionando mais fatos.

Para diferentes finalidades práticas, científicas e sociais, coerentemente criamos e desenvolvemos muitas unidades de mensurações, como meios que nos auxiliam e orientam, organizando nosso cotidiano.

Quilômetro, Metro, Centímetro; Quilograma, Grama; Litro, Mililitro; Grau de Temperatura; Velocidade; Pressão; Caloria; Corrente Elétrica; Frequência; e outras, com suas múltiplas frações, são exemplos de algumas das muitas unidades que criamos.

São tantas e diversificadas as criações, que exigiram o uso de um Sistema Internacional de Unidades – SI, adotado em quase todo o planeta!

Organizando nossos períodos de escuridão e iluminação, identificamos um (1) giro de rotação do nosso Planeta Terra como nosso DIA DE 24 HORAS, em média, o dividindo em horas, minutos, segundos e suas frações. 

Entre as múltiplas unidades de tempo criadas, algumas orientam e organizam nossa vida cotidiana, a exemplo de anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos e suas frações, como sendo o NOSSO TEMPO diário e sequencial.

Calculamos, estabelecemos, aceitamos e adotamos como NOSSO TEMPO a mensuração de acontecimentos e períodos ocupados por variações em nosso sistema planetário, sempre considerando os movimentos do NOSSO PLANETA Terra em relação ao NOSSO SOL.

Isso permite afirmar solidamente que esse TEMPO É APENAS E SOMENTE UMA INTELIGENTE CRIAÇÃO HUMANA, como tantas outras, de unidades destinadas a auxiliar, facilitar e organizar nossos DIAS e agendas!

Essa é a forma que justifica a adoção do nosso TEMPO, um SISTEMA SOLAR, calculado ao considerarmos os movimentos do nosso Planeta Terra em relação ao nosso Sol.

É, portanto, um sistema solar, ou, do nosso sistema solar!

Assim considerando, verifiquemos.

a) Constatamos, mensuramos e estabelecemos que a ROTAÇÃO do nosso Planeta Terra, em seu giro em torno do próprio eixo polar, entre outros efeitos é responsável pelos nossos ininterruptos períodos de escuridão e iluminação, determinando que um (1) giro completo do planeta corresponde ao nosso TEMPO de UM DIA DE 24 HORAS e suas frações, em média.

Ainda em relação ao nosso sistema solar, também constatamos, aceitamos e pactuamos como sendo de UM ANO DE 12 MESES, em média, o trânsito da Terra na TRANSLAÇÃO, em um giro completo de 360° do nosso planeta em torno do torno do nosso Sol, igualmente fracionando esses períodos em semanas, dias, horas, minutos e frações.

Antecipo uma constatação; certamente teríamos um “tempo” diferente, mais lento ou mais veloz que o resultado que padronizamos e adotamos, se os movimentos planetários da Terra fossem diferentes, ou se vivêssemos em outro astro DO NOSSO PRÓPRIO SISTEMA SOLAR.

Relembremos alguns fatos científicos.

b) Theia é nome dado à planeta que, de acordo com a científica hipótese do grande impacto, colidiu com a Terra, dando origem à Lua.

É conhecimento científico aceito que a Lua teria se formado a partir de uma gigantesca colisão, entre a Terra primitiva e um planeta do tamanho de Marte, chamado Theia. Esse evento é conhecido como hipótese do grande impacto ou teoria do impacto gigante.

A colisão teria ocorrido há cerca de 4,5 bilhões de anos, pouco tempo depois da formação inicial do sistema solar e da própria Terra, que tem aproximadamente 4,54 bilhões de anos, considerando a nossa mensuração do tempo.

Os modelos científicos indicam que, antes do impacto com Theia, a Terra tinha rotação mais rápida do que hoje. Estimativas baseadas em simulações computacionais indicam que a Terra completava uma rotação em apenas 2 a 4 horas.

Portanto, um dia terrestre teria durado entre 2 e 4 horas, representando rotação muito mais veloz do que as atuais 24 horas.

Adicionalmente; esse mesmo processo, hipótese do grande impacto, atualmente ainda faz o dia terrestre aumentar cerca de 1,7 milissegundo a cada século.

Assim, o que hoje consideramos como UM DIA DE 24 HORAS, já foi UM DIA DE 2 À 4 HORAS!

c) Mensurada a TRANSLAÇÃO do nosso planeta Terra em torno do Sol, em órbita elíptica, atualmente aceitamos que acontece em 365 dias do nosso tempo solar, que consideramos como UM (1) ANO, DIVIDIDO EM 12 MESES e suas frações.

Entretanto, esse tempo também é uma média!

A Terra, percorrendo seu PLANO DE ÓRBITA SOLAR, no AFÉLIO, período de sua maior DISTÂNCIA do Sol – (±)152 milhões de km, na média de junho/julho -, tem a sua velocidade MENOR – média de 29,29 km/s – que no PERIÉLIO – média de 30,29 km/s – período de sua maior proximidade do Sol – (±)147 milhões de km, na média de janeiro.

Avaliando apenas esse fato, isoladamente, nos permite considerar que, no fracionamento, o TEMPO nesses períodos é oscilatório!

Consideremos outras realidades planetárias, do nosso sistema solar.

d) Todos os planetas do nosso sistema solar – acompanhados por suas luas – circulam o sol em regulares órbitas solares, percorrendo um plano de órbita relativamente constante, identificado como Eclítica.

Em relação a uma linha perpendicular – de 90° – ao seu respectivo plano de órbita, Eclítica, os eixos polares dos planetas mantém uma inclinação angular diferente para cada um deles.

Considerando o nosso tempo solar e os respectivos movimentos e velocidades, conheça todos.

PLANETA	GRAUS – S/ A ECLÍTICA	UMA ROTAÇÃO COMPLETA (DIAS)	VELOCIDADE NA ROTAÇÃO
Mercúrio	28°	58 dias	48 km/s
Vênus	3°	4 dias	35 km/s
Terra	23°24’	1 dia (23h56m)	29,78 km/s – 107.208 km/h
Marte	25°	1 dia (24 horas)	24 km/s
Júpiter	3°	9 horas	13 km/s
Saturno	26°	10 horas	9,6 km/s
Urano	98°	17 horas	6,8 km/s
Netuno	29°	16 horas	5,5 km/s

Como observado, os ângulos em relação às Eclíticas, e os tempos de uma rotação, são bastante diversificados. As velocidades no transcorrer das rotações também variam muito.

e) Na sua translação, em torno do centro da Via Láctea, o Sol também oscila em relação ao seu plano de órbita. Nesse movimento, carrega consigo todos os planetas, luas e outros corpos cósmicos que o orbitam, portanto, todos também oscilando juntamente com nossa estrela.

O Sol está a cerca de 27.000 anos-luz do centro da galáxia. Em movimento identificado como órbita galáctica, na sua translação o Sol realiza movimento em torno do centro da Via Láctea, carregando junto todo o Sistema Solar.

Com velocidade média relativa de aproximadamente 828.000 km/h – cerca de 230 km por segundo -, o Sol ocupa aproximadamente 225 a 250 milhões de anos terrestres para completar uma órbita ao redor do centro da Via Láctea, tempo identificado como ano galáctico ou ano cósmico, percorrendo distância de cerca de 7,5 bilhões de anos-luz, equivalente a cerca de 946 trilhões de km.

f) Como constatado, os tempos de ROTAÇÃO dos planetas durante suas órbitas são extremamente variáveis em número de horas do nosso sistema, portanto, CADA UM DELES TEM SEU PRÓPRIO PERÍODO PARA UM GIRO COMPLETO e, consequentemente, para UM DIA SOLAR DIFERENCIADO.

Certamente com outras diversificações, mais simples e/ou mais sofisticadas, assim também acontece em todos os demais planetas e astros do universo cósmico, girando em torno de suas respectivas estrelas.

No nosso sistema solar, Marte é o único planeta com algumas – poucas – similaridades com a Terra em seus movimentos.

Na grade anterior, observe a curiosidade de Urano. Completamente diferente dos demais, tem inclinação de 98°, ou seja, tem o eixo polar praticamente “deitado” em seu plano de órbita, mantendo 17 horas do nosso tempo para sua rotação.

g) Considerando o nosso tempo, ou nosso dia solar, o Sol tem um giro completo de ROTAÇÃO em 27 dias.

CONCLUINDO; com todas essas variações e diversificações, considero incoerente afirmar que existe um TEMPO – nosso, terrestre – ENTRELAÇADO COM O ESPAÇO CÓSMICO.

Afinal, cada corpo cósmico, lua, planeta, estrela, nebulosa, constelação, buraco negro e muitos outros, tem seus próprios movimentos, efeitos e resultados, sendo incompreensível afirmar que resultam em um TEMPO SIMILAR AO NOSSO.

Não consigo pensar de forma diferente!

Portanto, seguramente REPITO.

Considerando o nosso TEMPO, em meu polêmico bom-senso entendo que;

• PASSADO existe apenas “virtualmente”, nas lembranças de recordações gravadas em nosso cérebro.

• FUTURO só existe em nossa criatividade mental, nos atos de pensar, idealizar e mesmo nos programar sobre o que deverá e poderá acontecer “depois”, ou seja, é apenas um exercício mental que nos prepara para o futuro.

• Assim, temos apenas o PRESENTE, momento atual, com recordações do passado e eventuais estimados para o futuro! Nada mais!

Até este momento, mantenho tais convicções!

Assim sendo, humanos jamais navegarão para o passado e/ou para o futuro!

Além disso, ousando conjecturar apenas com a imaginação criativa da ficção científica, “viajando no tempo” ocorreriam paradoxos; partindo do presente em viagem para o passado, de poucos anos, ao lá chegarmos estaremos literalmente duplicados, pois em tempo anterior já existíamos!

E, navegando ao futuro, ao lá chegarmos desapareceríamos, pois ainda não teríamos existido!

ATTOSSEGUNDO – CRIAÇÃO CIENTÍFICA RECENTE

Ainda em relação ao NOSSO TEMPO, encerro meus argumentos lembrando a respeito da mais recente criação humana científica para TEMPO, “nosso tempo”, que proporcionou um Prêmio Nobel em 2023; o ATTOSSEGUNDO, unidade fracional do nosso tempo, igual a 1×10⁻¹⁸ de segundo, ou, um quintilionésimo de segundo.

Para comparação; UM ATTOSSEGUNDO ESTÁ PARA UM SEGUNDO, NA PROPORÇÃO DE QUE UM SEGUNDO ESTÁ PARA APROXIMADAMENTE 31,71 BILHÕES DE ANOS.

Essa nova unidade – mais uma fração do nosso TEMPO – foi criada para possibilitar estudo melhor e mais detalhado na dinâmica dos elétrons na área na física quântica, originando o Campo da Física dos Attossegundos.

Os físicos Anne L’Huillier, Pierre Agostini e Ferenc Krausz foram contemplados com o Prêmio Nobel de Física de 2023, por criarem pulsos de luz de attossegundos.

Como visto, confirma-se; o TEMPO que conhecemos e utilizamos, é apenas uma das unidades de mensuração, criadas por nos, humanos!

Fontes; pesquisas virtuais.

Paulo Dirceu Dias
paulodias@pdias.com.br
Sorocaba – SP
13/07/2025