Na forma de ranking, segue listagem das dez nações mais poluidoras do planeta, classificadas principalmente pelas emissões de gases de efeito estufa (GEE), com destaque ao dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄) e óxidos de nitrogênio (NOₓ).
A classificação considera dados mais recentes, disponíveis até 2024, levando em conta volume de emissões totais anuais, intensidade industrial, uso de combustíveis fósseis e impacto ambiental.
NAÇÕES MAIS POLUIDORAS DO PLANETA
1. China – A China lidera o ranking como maior poluidora do planeta, respondendo por aproximadamente 30% das emissões globais de CO₂. Sua matriz energética altamente dependente do carvão, forte industrialização, rápida urbanização e alto consumo energético são as principais causas.
Efeitos: Contribuição direta ao aquecimento global, poluição atmosférica severa nas grandes cidades, chuvas ácidas e problemas respiratórios na população.
Comentário: Embora esteja investindo em energia limpa, a dependência do carvão ainda predomina.
2. Estados Unidos – Segundo maior emissor global, os EUA concentram suas emissões no setor de transporte, produção de energia elétrica, principalmente gás natural e petróleo e atividades industriais.
Efeitos: Intenso impacto climático global, elevação do nível do mar, desregulação de ecossistemas e eventos climáticos extremos.
Comentário: É um dos países com maior emissão per capita e, historicamente, o maior emissor acumulado.
3. Índia – A Índia apresenta crescimento acelerado em emissões, devido ao uso intensivo de carvão, crescimento populacional e industrialização.
Efeitos: Níveis extremos de poluição do ar em cidades como Nova Délhi, crise sanitária, escassez hídrica e degradação da qualidade do solo.
Comentário: Embora tenha baixas emissões per capita, o volume total já a posiciona entre os principais emissores.
4. Rússia – As emissões russas são impulsionadas pela exploração e queima de combustíveis fósseis, gás e petróleo, indústria pesada e desmatamento em regiões siberianas.
Efeitos: Contribuição significativa ao derretimento do Ártico, degradação do solo e contaminação de recursos hídricos.
Comentário: Instabilidade política e geopolítica dificultam compromissos ambientais mais efetivos.
5. Japão – Apesar de seus avanços tecnológicos, o Japão continua dependente de combustíveis fósseis, especialmente após o desastre de Fukushima, que reduziu a confiança na energia nuclear.
Efeitos: Emissões urbanas elevadas, contaminação térmica dos oceanos e aumento da temperatura regional.
Comentário: Investe fortemente em tecnologias verdes, mas enfrenta desafios de transição energética.
6. Alemanha – A maior economia da União Europeia ainda possui forte uso de carvão na geração elétrica, apesar de políticas ambientais robustas.
Efeitos: Poluição atmosférica, chuva ácida e impacto sobre florestas temperadas.
Comentário: Está em processo de substituição do carvão por fontes renováveis, mas enfrenta dificuldades pela desativação simultânea de usinas nucleares.
7. Irã – Alto consumo de combustíveis fósseis, baixa eficiência energética e ausência de políticas ambientais consistentes tornam o Irã um dos principais poluidores.
Efeitos: Poluição severa em centros urbanos, desertificação e escassez hídrica agravada.
Comentário: Sanções internacionais limitam investimentos em energia limpa e tecnologia ambiental.
8. Indonésia – Grande parte das emissões provém da queima de florestas tropicais para expansão agrícola, especialmente palma de óleo, e desmatamento ilegal.
Efeitos: Perda de biodiversidade, emissão de CO₂ e metano, degradação de solos e poluição hídrica.
Comentário: O país é um dos maiores emissores de gases resultantes de mudanças no uso da terra.
9. Coreia do Sul – Altamente industrializada, com alto consumo de energia fóssil, especialmente em setores como aço, transporte e eletrônicos.
Efeitos: Poluição atmosférica urbana, efeito estufa, impactos à saúde pública.
Comentário: Investimentos em hidrogênio e energia solar indicam tendência de redução futura das emissões.
10. Canadá – Apesar de ter população pequena, o Canadá emite em grande escala por causa da extração de petróleo, areias betuminosas, setor de transportes e consumo energético intenso em regiões frias.
Efeitos: Derretimento de geleiras, emissão de gases de efeito estufa, contaminação de águas subterrâneas.
Comentário: Concilia imagem ambiental com prática ainda dependente de combustíveis fósseis.
NAÇÕES MAIS PROTETORAS DO PLANETA
Segue listagem das dez nações mais protetoras do meio ambiente, considerando critérios como uso de energias renováveis, políticas públicas ambientais, proteção da biodiversidade, controle de emissões, reflorestamento e indicadores globais, como o “Environmental Performance Index (EPI)” e o “Climate Change Performance Index (CCPI)”.
A ordem decrescente considera o sucesso concreto das ações e seus efeitos observáveis no ambiente e na sociedade.
1. Suécia – Referência mundial em sustentabilidade ambiental, com matriz energética quase 100% limpa, baseada em hidrelétricas, eólica e biomassa.
Proteções: Avançadas políticas de reciclagem, transporte público eficiente, reflorestamento, proibição de aterros sanitários.
Efeitos: Qualidade do ar e da água elevadas, baixas emissões per capita, áreas verdes amplamente preservadas.
Comentário: Planeja se tornar o primeiro país do planeta com neutralidade climática total até 2045.
2. Dinamarca – Líder mundial no uso de energia eólica, com mais de 40% da eletricidade gerada por essa fonte.
Proteções: Investimentos em arquitetura verde, ciclovias, mobilidade elétrica e agricultura sustentável.
Efeitos: Redução consistente de emissões, excelente qualidade de vida urbana e rural.
Comentário: Pretende eliminar completamente o uso de combustíveis fósseis até 2050.
3. Suíça – Possui uma das legislações ambientais mais rígidas do planeta, com proteção rigorosa de recursos naturais e biodiversidade.
Proteções: Gerenciamento eficiente de resíduos, proteção de florestas alpinas, incentivo a transportes limpos.
Efeitos: Baixíssimo índice de poluição atmosférica e hídrica, alto nível de conscientização ambiental.
Comentário: A forte cultura de responsabilidade coletiva contribui para os resultados ambientais.
4. Noruega – Altamente comprometida com a transição energética e preservação ambiental, mesmo sendo exportadora de petróleo.
Proteções: Incentivos à mobilidade elétrica – maior frota de carros elétricos per capita -, proteção de áreas naturais, investimentos em reflorestamento.
Efeitos: Redução gradual de emissões internas, controle de impactos industriais, preservação de fiordes e ecossistemas marinhos.
Comentário: Pretende zerar suas emissões líquidas até 2030, com compensações e reflorestamento.
5. Finlândia – Grande parte de sua energia provém de fontes renováveis, com destaque para biomassa e eólica.
Proteções: Gestão ambiental integrada, proteção de lagos, florestas e áreas de tundra.
Efeitos: Biodiversidade protegida, políticas públicas eficientes em controle da poluição e reflorestamento.
Comentário: O país adota metas climáticas ambiciosas e ações práticas em comunidades locais.
6. Costa Rica – Um dos países mais ecológicos das Américas, produz cerca de 99% da sua energia com fontes renováveis; hidrelétrica, solar, geotérmica.
Proteções: Florestas protegidas, pagamentos por serviços ambientais, educação ambiental abrangente.
Efeitos: Reversão do desmatamento, biodiversidade excepcionalmente bem preservada.
Comentário: Exemplo de país em desenvolvimento com políticas ambientais de primeiro mundo.
7. Alemanha – Apesar de ainda usar carvão, está em transição avançada para energias renováveis; “Energiewende”.
Proteções: Incentivo à energia solar e eólica, mobilidade sustentável, agricultura orgânica, política de resíduos sólidos exemplar.
Efeitos: Redução de emissões, revalorização ambiental de áreas urbanas e rurais.
Comentário: Exerce forte liderança ambiental na União Europeia.
8. Nova Zelândia – Proteção legal extensa da fauna e flora nativas, regulamentações ambientais rigorosas.
Proteções: Preservação de ecossistemas únicos, incentivo à produção agrícola sustentável, reflorestamento.
Efeitos: Biodiversidade local altamente protegida, baixo impacto urbano.
Comentário: A população demonstra alta consciência ambiental, mas ainda enfrenta desafios com a indústria agropecuária.
9. Islândia – Quase 100% da energia consumida é de fontes renováveis, como geotérmica e hidrelétrica.
Proteções: Gestão hídrica exemplar, proteção dos solos vulcânicos e parques nacionais.
Efeitos: Ar e água de altíssima qualidade, baixos níveis de emissão.
Comentário: Apesar do pequeno território, serve como modelo de autossuficiência energética sustentável.
10. Canadá – Embora ainda grande emissor, tem avançado na proteção ambiental com vastas áreas de conservação e investimentos em energia limpa.
Proteções: Preservação de florestas boreais, regulamentações ambientais robustas, programas de redução de carbono.
Efeitos: Proteção de grandes ecossistemas naturais e biodiversidade ártica.
Comentário: O desafio canadense é equilibrar sua atividade extrativista com as políticas de sustentabilidade.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Das dez nações destacadas como as mais protetoras do meio ambiente, oito também figuram entre as melhores do planeta, em indicadores como desenvolvimento econômico-financeiro, qualidade de vida, segurança pública, estabilidade social e eficiência nos sistemas de saúde e educação.
São elas: Alemanha, Canadá, Dinamarca, Islândia, Noruega, Nova Zelândia, Suécia e Suíça.
Essa convergência entre proteção ambiental e alto padrão de vida exige reflexão séria e inadiável.
BRASIL – MENÇÕES ATUALIZADAS
Seguem posições aproximadas do Brasil em ambas as classificações, tanto entre os países mais poluentes quanto entre os mais protetores do meio ambiente, considerando os dados disponíveis até 2024 e os critérios técnicos normalmente utilizados, nas emissões totais de gases de efeito estufa, uso do solo, políticas ambientais, fontes de energia, reflorestamento, entre outros.
CLASSIFICAÇÃO DO BRASIL ENTRE AS NAÇÕES MAIS POLUIDORAS
Embora não citado nas listagens anteriores, por oscilar muito entre as classificações, o Brasil costuma ocupar posição entre a 6ª e 8ª colocação mundial em termos de emissões totais de gases de efeito estufa (GEE), embora esse número varie de ano para ano, especialmente por causa do desmatamento e das queimadas.
Principais fontes de poluição no Brasil:
- Desmatamento e queimadas, sobretudo na Amazônia e Cerrado; grande emissão de CO₂ e metano.
- Pecuária extensiva, com elevadas emissões de metano.
- Uso de fertilizantes e mudança de uso do solo.
- Em menor escala, emissões industriais e transporte urbano.
Efeitos – Aumento da temperatura local e regional, perda de biodiversidade, alteração de regimes hídricos, agravamento da crise climática global.
Comentário – Apesar de matriz elétrica relativamente limpa, com predomínio de hidrelétricas, o Brasil é grande emissor devido ao uso predatório do solo e falta de controle ambiental efetivo. Assim, poderia figurar entre as 7 ou 8 nações mais poluentes, dependendo do critério utilizado; total de emissões ou desmatamento.
CLASSIFICAÇÃO DO BRASIL ENTRE AS NAÇÕES MAIS PROTETORAS
O Brasil não costuma figurar entre os 10 países com melhores práticas ambientais, mas em termos potenciais, poderia estar entre os 15 a 20 primeiros colocados globalmente, considerando:
Aspectos positivos:
- Uma das matrizes elétricas mais limpas do planeta; cerca de 80% renovável.
- Grande cobertura de florestas tropicais e biodiversidade inigualável.
- Programas bem-sucedidos de energia eólica e solar em crescimento.
- Legislação ambiental avançada, embora nem sempre aplicada.
- Avanços em reciclagem e reaproveitamento energético em centros urbanos.
Aspectos negativos que impedem melhor colocação:
- Avanço contínuo do desmatamento ilegal.
- Queimadas incentivadas por interesses agrários.
- Fiscalização ambiental fragilizada por cortes institucionais.
- Conflitos de uso de terra e exploração de recursos naturais sem controle sustentável.
Comentário – O Brasil é nação ambientalmente ambígua: é ao mesmo tempo guardião de uma das maiores riquezas naturais do planeta e um dos principais responsáveis por sua degradação recente. Se implementasse de forma eficaz sua legislação e planos ambientais, poderia estar entre os 10 mais protetores.
Resumo das posições estimadas do Brasil:
- Mais poluentes: entre 6º e 8º lugar mundial; principalmente por desmatamento e agropecuária.
- Mais protetores: entre 15º e 20º lugar; em potencial e com reservas, devido aos contrastes entre legislação e prática.
Conheça mais sobre o tema antes citado. Use o link seguinte:
NAÇÕES – AS MELHORES DO PLANETA
Fontes; pesquisas virtuais.
Paulo Dirceu Dias
paulodias@pdias.com.br
Sorocaba – SP
07/07/2025