Presidentes Melhores e Piores – EUA e Brasil

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EUA – OS MELHORES PRESIDENTES

A avaliação dos “melhores presidentes” dos Estados Unidos, com base em fatos históricos, dados mensuráveis e consequências reais nas áreas de economia, finanças, saúde, educação, segurança e qualidade de vida, costuma destacar três nomes com grande recorrência entre estudiosos, analistas e historiadores: George Washington, Franklin D. Roosevelt e Abraham Lincoln. A seguir, um resumo objetivo do porquê de cada um figurar entre os melhores, com base em realizações concretas e efeitos duradouros.

1. Franklin D. Roosevelt (1933–1945)

Contexto: Assumiu a presidência durante a Grande Depressão e comandou o país durante quase toda a Segunda Guerra Mundial.

Realizações concretas e efeitos positivos:

  • Criou o New Deal, um pacote de programas que revitalizou a economia, criou empregos e fortaleceu a infraestrutura nacional.
  • Estabeleceu seguridade social, regulações bancárias, salário mínimo e programas de apoio a agricultores e desempregados.
  • Sob sua liderança, os EUA se tornaram potência industrial e militar decisiva na vitória dos Aliados na Segunda Guerra.
  • Ajudou a criar instituições internacionais como a ONU, o FMI e o Banco Mundial, consolidando a liderança global dos EUA.
  • Durante sua gestão, houve forte recuperação econômica e melhora nos índices de qualidade de vida.

Consequência histórica: Transformou o papel do governo federal na vida dos cidadãos e estabeleceu as bases do estado de bem-estar social nos EUA.

2. Abraham Lincoln (1861–1865)

Contexto: Presidiu durante a Guerra Civil Americana, o conflito interno mais mortal da história dos EUA.

Realizações concretas e efeitos positivos:

  • Preservou a União dos Estados Unidos ao liderar o Norte contra os estados separatistas do Sul.
  • Aboliu a escravidão com a Proclamação de Emancipação (1863) e a aprovação da 13ª Emenda (1865).
  • Promoveu leis como o Homestead Act (distribuição de terras públicas) e o Morrill Act (financiamento de universidades públicas).
  • Fortaleceu o governo federal e estruturou a base para o crescimento econômico pós-guerra.

Consequência histórica: Manteve a integridade nacional, redefiniu os princípios constitucionais e lançou as bases para os direitos civis.

3. George Washington (1789–1797)

Contexto: Primeiro presidente dos EUA, liderou após a independência e durante a formação do novo governo.

Realizações concretas e efeitos positivos:

  • Estabeleceu os padrões institucionais da presidência e ajudou a consolidar a Constituição dos EUA como norma prática e funcional.
  • Criou os primeiros gabinetes executivos e defendeu o equilíbrio entre os poderes.
  • Defendeu a neutralidade em conflitos internacionais, o que garantiu estabilidade e crescimento inicial.
  • Rejeitou o autoritarismo e se recusou a buscar um terceiro mandato, reforçando o princípio da alternância de poder.

Consequência histórica: Garantiu a consolidação pacífica da nova república, deu legitimidade ao cargo presidencial e evitou o risco de ditadura.

EUA – Considerações adicionais:

Embora outros presidentes como Theodore Roosevelt, Dwight Eisenhower, Ronald Reagan, John F. Kennedy e Barack Obama tenham deixado marcas importantes, os três nomes anteriores reúnem os maiores impactos reais e estruturais na história institucional, econômica e social dos EUA, com efeitos duradouros reconhecidos até hoje por múltiplas fontes históricas, pesquisas e análises acadêmicas.

EUA – OS PIORES PRESIDENTES

Na história dos Estados Unidos, desde a promulgação da Constituição em 1789 até os dias atuais, considerando fatos documentados, resultados concretos e consequências observáveis, e desconsiderando juízos ideológicos ou partidários, três presidentes se destacam entre os piores, devido a graves falhas administrativas, impactos econômicos negativos, retrocessos sociais, má condução de crises ou desastrosas decisões políticas. Esses nomes são: James Buchanan, Herbert Hoover e George W. Bush. Seguem os motivos baseados em efeitos reais e verificáveis.

1. James Buchanan (1857–1861)

Contexto: Presidiu os EUA nos anos imediatamente anteriores à Guerra Civil, em um dos momentos mais críticos da história americana.

Falhas e consequências concretas:

  • Adotou posição passiva e conciliatória frente à expansão da escravidão, inclusive apoiando judicialmente a decisão da Suprema Corte no caso Dred Scott vs. Sandford, que negava cidadania a afro-americanos.
  • Permitiu que estados do Sul se separassem da União sem tomar medidas firmes para preservar a integridade nacional.
  • Sua inércia institucional e falta de autoridade política aceleraram a ruptura que levaria à Guerra Civil.
  • A economia entrou em recessão durante seu mandato, com a crise financeira de 1857, aprofundada por sua fraca resposta.

Consequência histórica: Seu governo é amplamente visto como o mais inoperante e omisso da história dos EUA, deixando o país à beira da guerra e do colapso político.

2. Herbert Hoover (1929–1933)

Contexto: Presidiu os EUA no início da Grande Depressão, após o colapso da Bolsa de Valores em 1929.

Falhas e consequências concretas:

  • Reagiu de forma lenta, insuficiente e ideologicamente limitada à crise econômica mais devastadora da história americana.
  • Recusou intervenções diretas do governo federal para socorrer desempregados e falências, confiando demais em soluções voluntaristas e locais.
  • O desemprego superou 20%, a pobreza aumentou drasticamente, e milhares perderam casas e economias.
  • As políticas de austeridade e o aumento de tarifas comerciais, como o Smoot-Hawley Tariff Act, agravaram a crise internacional.

Consequência histórica: Sua inação prolongou os efeitos da depressão, levando milhões à miséria e contribuindo para uma mudança definitiva no papel do Estado com Franklin D. Roosevelt.

3. George W. Bush (2001–2009)

Contexto: Assumiu após eleição polêmica e enfrentou o país após os ataques de 11 de setembro de 2001, sendo responsável por duas guerras e por uma grave crise econômica.

Falhas e consequências concretas:

  • Liderou os EUA em duas guerras longas e custosas, Afeganistão e Iraque, com base em justificativas que não se confirmaram, como existência de armas de destruição em massa.
  • A Guerra do Iraque resultou em mais de 4 mil mortes de soldados americanos e centenas de milhares de civis iraquianos, além de desequilíbrio geopolítico duradouro no Oriente Médio.
  • Internamente, aplicou cortes de impostos durante guerra, agravando o déficit e enfraquecendo as finanças públicas.
  • Seu governo permitiu relaxamento das regulações financeiras, contribuindo diretamente para a crise financeira de 2008, que gerou perda de milhões de empregos e patrimônio das famílias.
  • Deixou a presidência com a economia em recessão profunda e baixa aprovação popular.

Consequência histórica: Sua gestão é lembrada por decisões desastrosas em política externa, fragilização econômica interna e erosão da credibilidade americana no exterior.

EUA – Considerações adicionais:

Outros nomes, como Andrew Johnson – pós-Guerra Civil, resistência à reconstrução e direitos civis – e Richard Nixon – por seu papel no escândalo Watergate e crise institucional – também são frequentemente citados por danos institucionais e éticos, mas os três presidentes antes destacados foram os que mais contribuíram, por seus próprios atos ou omissões, para crises estruturais que impactaram amplamente a população e os fundamentos da nação.

Avaliando os acontecimentos da administração anterior, mas sobretudo os efeitos acumulados e agravados durante a atual gestão, marcada por ações severamente desastradas na condução da presidência dos Estados Unidos da América, considero que, embora ainda não possa ser classificado oficialmente como tal, Donald Trump caminha de forma segura e contínua para ser reconhecido como o pior presidente da história americana.

Pelos impactos negativos, pelas posturas adotadas e pelas consequências duradouras de suas decisões, não tenho dúvidas de que Donald Trump será, de forma indiscutível, eternamente lembrado como o mais prejudicial, impopular, negativo e incompetente ocupante da presidência dos EUA.

BRASIL – OS MELHORES PRESIDENTES

na história do Brasil, desde a proclamação da República em 1889 até os dias atuais, e com base em fatos verificáveis, dados objetivos e consequências concretas nas áreas de economia, finanças públicas, saúde, educação, segurança e qualidade de vida da população, três presidentes se destacam com recorrência entre estudiosos, historiadores e especialistas por resultados práticos e estruturais positivos: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro mandato. A seguir, estão os principais elementos que sustentam essa avaliação.

1. Getúlio Vargas (1930–1945 e 1951–1954)

Contexto: Assumiu após a Revolução de 1930 e governou em diferentes regimes; provisório, ditatorial e constitucional. Teve papel central na transição do Brasil agrário para industrial.

Realizações concretas e efeitos positivos:

  • Instituiu a legislação trabalhista, com a criação da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, salário mínimo, jornada de 8 horas e férias remuneradas.
  • Criou instituições fundamentais como o Ministério da Educação e Saúde, a Justiça do Trabalho, o Conselho Nacional do Petróleo, futuro Petrobrás, e o Departamento de Imprensa e Propaganda.
  • Estimulou a industrialização pesada, com empresas estatais como a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN e a Vale do Rio Doce.
  • Implantou políticas de desenvolvimento econômico com base na substituição de importações.

Consequência histórica: Transformou a estrutura econômica do país, ampliou o papel do Estado e introduziu os direitos sociais na legislação brasileira.

2. Juscelino Kubitschek (1956–1961)

Contexto: Presidiu o país em momento de estabilidade institucional e buscou acelerar o crescimento com o lema “Cinquenta anos em cinco”.

Realizações concretas e efeitos positivos:

  • Lançou o Plano de Metas, com foco em 31 metas para os setores de energia, transporte, indústria de base, alimentação, educação e saúde.
  • Promoveu a construção de Brasília, que impulsionou o desenvolvimento do interior e a integração nacional.
  • Estimulou a industrialização com capital estrangeiro, principalmente nos setores automobilístico, químico e de bens de consumo duráveis.
  • Durante seu governo, o PIB cresceu mais de 7% ao ano, com grande expansão da infraestrutura; estradas, usinas e polos industriais.

Consequência histórica: Modernizou a economia, estruturou a malha rodoviária nacional e lançou as bases do parque industrial contemporâneo brasileiro.

3. Luiz Inácio Lula da Silva (2003–2006 – Primeiro Mandato)

Contexto: Primeiro presidente oriundo da classe operária, assumiu com expectativa internacional e interna elevada e forte pressão dos mercados.

Realizações concretas e efeitos positivos (primeiro mandato):

  • Manteve a responsabilidade fiscal, com superávit primário e controle da inflação, o que gerou confiança internacional e crescimento do investimento.
  • Expandiu programas sociais de combate à pobreza, como o Bolsa Família, com efeitos mensuráveis na redução da extrema pobreza e da desigualdade.
  • Durante o primeiro mandato, o país obteve grau de investimento das agências internacionais, reservas internacionais cresceram e o desemprego caiu.
  • Ampliou o acesso ao ensino superior e técnico por meio de programas como o Prouni e o Reuni, além da expansão dos IFs – Institutos Federais.

Consequência histórica: Estabeleceu ciclo de crescimento com inclusão social e estabilidade macroeconômica, com altos índices de aprovação popular ao final do primeiro mandato.

Brasil – Considerações adicionais:

Embora outros presidentes como Itamar Franco (estabilização monetária com o Plano Real), Fernando Henrique Cardoso (responsabilidade fiscal e base legal moderna) e Tancredo Neves (símbolo da redemocratização) tenham papéis relevantes, os três antes listados são os que, em diferentes períodos históricos, apresentam resultados concretos mais amplos, transformadores e duradouros, com impacto direto na vida dos brasileiros.

BRASIL – OS PIORES PRESIDENTES

Na história do Brasil republicano, desde 1889 até os dias atuais, considerando fatos documentados, dados verificáveis e consequências concretas nas áreas de economia, finanças públicas, saúde, educação, segurança e qualidade de vida da população, três presidentes se destacam negativamente por resultados desastrosos, má condução de crises, desequilíbrios institucionais e/ou danos sociais e econômicos severos. São eles: Fernando Collor de Mello, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro. Seguem os principais motivos baseados em evidências e impactos históricos mensuráveis.

1. Fernando Collor de Mello (1990–1992)

Contexto: Primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, assumiu em ambiente de hiperinflação e instabilidade econômica.

Falhas e consequências concretas:

  • Iniciou o governo com o Plano Collor, que confiscou as poupanças e contas bancárias da população, gerando colapso na confiança, retração no consumo e paralisia econômica.
  • Apesar da promessa de combate à corrupção e modernização, seu governo acumulou denúncias graves de corrupção sistêmica, resultando em processo de impeachment em 1992.
  • A inflação seguiu elevada, e o desemprego aumentou significativamente.
  • Não promoveu avanços estruturais em áreas como educação, saúde ou segurança pública.

Consequência histórica: Fracassou em estabilizar a economia e deixou como legado a quebra de confiança nas instituições políticas e financeiras, além de ter sido o primeiro presidente brasileiro a sofrer impeachment.

2. Dilma Rousseff (2011–2016)

Contexto: Primeira mulher a ocupar a presidência, foi eleita com forte apoio do governo anterior, mas enfrentou rápida deterioração econômica e crise política intensa.

Falhas e consequências concretas:

  • Tomou decisões que resultaram em intervenções excessivas no setor elétrico, contabilidade criativa nas contas públicas e perda de credibilidade fiscal.
  • A política econômica heterodoxa de seu primeiro mandato gerou recessão profunda a partir de 2014, com queda do PIB por dois anos seguidos (2015 e 2016), algo inédito na história recente.
  • A inflação e o desemprego dispararam, e o país perdeu o grau de investimento pelas agências de risco.
  • A crise política gerada por denúncias de corrupção e alianças instáveis resultou em paralisia institucional e forte polarização, culminando em impeachment em 2016.

Consequência histórica: Sua gestão é apontada como responsável direta por uma das maiores crises econômicas da história republicana brasileira, com efeitos negativos prolongados sobre o emprego, a renda e o investimento.

3. Jair Bolsonaro (2019–2022)

Contexto: Eleito com discurso de ruptura política e combate à corrupção, enfrentou a pandemia de COVID-19 e governou em ambiente de polarização social.

Falhas e consequências concretas:

  • A gestão da pandemia foi marcada por negacionismo científico, atraso na compra de vacinas, conflitos com governadores e elevada mortalidade; mais de 680 mil mortes por COVID-19.
  • Houve deterioração ambiental, com recordes de desmatamento e enfraquecimento de órgãos, como o IBAMA.
  • No campo econômico, apesar do auxílio emergencial no início da pandemia, o governo enfrentou alta inflação, queda na renda real, aumento da pobreza e insegurança alimentar.
  • Ataques às instituições, como STF, TSE e imprensa, incentivo a pautas antidemocráticas e tentativas de minar o processo eleitoral agravaram o clima de instabilidade institucional.
  • O país terminou o mandato com níveis elevados de polarização, aumento da violência política e retrocessos em áreas como educação e cultura.

Consequência histórica: Sua gestão é associada à erosão institucional, crise sanitária agravada, aumento da desigualdade social e fragilização da imagem internacional do Brasil.

Brasil = Considerações adicionais:

Outros presidentes enfrentaram problemas graves, como João Goulart (queda institucional durante tensões militares) ou José Sarney (hiperinflação), mas os três nomes anteriores se destacam por decisões próprias ou omissões diretas que produziram crises de grande escala, com efeitos negativos documentados na economia, nas instituições democráticas e na vida da população.

Avaliando os acontecimentos das administrações anteriores, mas principalmente os efeitos da atual gestão, marcada por decisões severamente equivocadas e por condução inconsciente da presidência da República, considero que, embora ainda não possa ser classificado oficialmente como tal, Luiz Inácio Lula da Silva caminha de forma segura e progressiva para ser reconhecido como um dos piores presidentes da história brasileira.

Pelos impactos percebidos, pelo desgaste institucional e pela condução das políticas públicas, não tenho dúvidas de que, com o tempo, Lula será lembrado como integrante do grupo dos mais prejudiciais, impopulares e incompetentes chefes de governo que o Brasil já teve.

Fontes; pesquisas virtuais.

Paulo Dirceu Dias
paulodias@pdias.com.br
Sorocaba – SP
07/07/2025

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